domingo, 27 de maio de 2007

( De longe, vejo... )

De longe, vejo
teus olhos em meio
a neve
Logo sedas avermelhadas
soltam-se
como se fossem
plumas...
Caem, sangram

respingam na
menina o tempo
que não volta mais.

Pupila

menina de mil vidas
sonhos, faces, disfarces
soro, insônia, diversidades
Pupila, ferida
ao vento
jorra ao longe
e aos poucos
gotas,
filetes,
cachoeiras
almas
vidas!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Sem crédito

Mas belas
rimadas, dóceis
enfeitadas
espalham-se com
o vento
sem intenção
apenas palavras
soltas, formosas
intrusas de corações
inocentes, farsantes,
possuindo vidas...
palavras, palavras...

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Portas

Portas se abriram
A porta se abriu
Hesitei! Recuei!
Melhor ficar
aqui, misturando
palavras açucaradas
do poeta
com água da chuva
E... depois...
Bebe-las até o
último gole.